A Engenharia Industrial, os Colégios de Especialidade e Conselhos Científicos, e ... a Ordem dos Engenheiros
A situação da Engenharia Industrial é uma verdadeira desgraça. Para o país e para os docentes e investigadores da especialidade, porque para os profissionais de Engenharia Industrial nas empresas ... esses estão bem, muito obrigado, e não parecem precisar de Colégios, Conselhos, e Ordens para fazerem o que fazem.
Quem está mesmo mal, são os docentes e investigadores ou, por outras palavras, os doutorados em Engenharia Industrial ou aqueles que exercem a sua actividade docente e de investigação nesta especialidade, daqui em diante designados por doutorados de Engenharia Industrial.
O Observatório das Ciências e das Tecnologias não sabe quem eles são. Aliás nem sabe o que é Engenharia Industrial. A Fundação para a Ciência e Tecnologia não sabe (já a JNICT não sabia), o Ministério da Ciência e Tecnologia também não, e a Ordem dos Engenheiros faz como se não soubesse. Não é por acaso que Portugal é um país atrasado. É porque é mesmo.
Por outro lado, o Observatório, a Fundação, e o Ministério reconhecem os domínios da engenharia de minas (com 14 subdomínios), a engenharia metalúrgica (esta tem 15 subdomínios - deve haver, no país, mais um engenheiro metalúrgico que de minas). Juntam os materiais (6 subdomínios) à mecânica (9 subdomínios), a electrotecnia espalha-se por três!!! domínios e 45!!! subdomínios (quem terá feito esta classificação?), e dão igual destaque à engenharia naval (com 4 subdomínios - a tradição já não é o que era).
Aparecem, depois, as outras engenharias, a que juntaram as biotecnologias (quem saberá porquê?). Como subdomínios tem-se a geográfica, nuclear, sanitária, de sistemas, aeronáutica, automóvel, do material ferroviário, e ainda (é a primeira da lista) a engenharia, metrologia e segurança industriais.
Para os Colégios de Especialidade e Conselhos Científicos, o Observatório identifica as ciências do espaço (juntamente com as biológicas, da terra e agrárias), junta a biotecnologia à engenharia química (então não era junto das “outras”?), dá aos materiais o mesmo estatuto que à química, mecânica, civil, minas e electrotecnia (faz lembrar o Técnico, antigamente) e junta mais a informática (mas aquilo afinal são cursos de engenharia ou de “computer science”?). Engenharia Industrial, nem vê-la. Na Ordem reina, mais ou menos, a mesma desordem.
Mas então, quantos doutorados é que há nestas áreas todas? O Observatório veio dar uma grande ajuda ao publicar e distribuir (o que muitíssimo se agradece) a listagem dos Doutorados no Sistema Científico e Tecnológico Nacional em 1995.
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