Thursday, April 24, 2008

O Aleijadinho

António Francisco Lisboa, escultor, entalhador, desenhista e arquitecto Brasileiro, é mais conhecido como Aleijadinho, mas não é dele, nem da sua obra que se vai falar. É que, a propósito de se ter escrito, noutro local, que temos «um Governo que quer vestir, às suas universidades e politécnicos, um fato único, só com dois tamanhos.» recordou-se uma história antiga, de um outro fato.

Um sujeito, casado com mulher que repara em tudo, mandou fazer um fato novo a um alfaiate remendão. Ao chegar a casa, a mulher reclama do tamanho das mangas do casaco. Volta o homem ao alfaiate, que lhe diz ser aquele o tamanho ideal para, quando dobrar os braços, não ficar com as mangas curtas de mais.

Dobrando os braços, regressa a casa, onde a mulher reclama do comprimento das calças. Novamente no alfaiate, este mostra-lhe como, ao dobrar as pernas, as calças não ficam nada compridas.

Dobrando ora um braço, ora uma perna, o homem volta a casa, mas a mulher queixa-se das costas do casaco. Mais uma vez no alfaiate, este desculpa-se mostrando-lhe como o casaco acompanha bem o movimento das costas, quando o sujeito se dobra.

No regresso a casa, o homem vai dobrando os braços, as pernas e as costas. Ao vê-lo passar, não falta quem se admire e exclame: «Olha aquele aleijadinho com um fato que lhe assenta tão bem!»

O aleijadinho é o ensino superior. O fato é o rjies. Quem pagou o fato e paga as idas e vindas ao alfaiate (que toda a gente sabe quem é) é o Zé Povinho. Esta é a anedota a que se vem assistindo. E não há quem ponha um fim nisto e acabe com esta confusão.

1 comment:

Alexandre Sousa said...

Eu, colocava uma tabuleta à porta do MCTES:
«Precisa-se de gente que saiba pensar»
«Paga-se salário equivalente ao Director-Geral dos Impostos»