Monday, April 30, 2007

Actualidades II.32. Cronologia do Ensino de Engenharia em Portugal: 1837 – 1968.

CRUZEIRO, MARIA EDUARDA; SILVA PEREIRA, RAUL DA – Cronologia Histórica das Universidades Portuguesas: 1759 - 1968, in «A Universidade na Vida Portuguesa», vol. 2, Lisboa, Gabinete de Investigações Sociais, 1969, p. 361 – 423.

Excertos:

Lisboa – 1837
A Escola do Exército inclui um curso de engenheiros civis. Duração: dois anos, além de quatro de preparatórios na Escola Politécnica ou equivalente.

Porto – 1844
Os preparatórios para a Escola do Exército passam a poder ser cursados na Academia Politécnica.

Lisboa – 1852
Criação do Instituto Industrial, com três graus de ensino. Cursos para directores de fábrica e curso geral.

Porto – 1852
Criação do Instituto Industrial, com três graus de ensino. Cursos para directores de fábrica e curso geral.

Porto – 1852
Criação da Escola Industrial, com graus de ensino.

Lisboa – 1863
Reorganização da Escola do Exército. Continua a ministrar o curso de engenharia civil, cujos preparatórios são agora de três anos.

Porto – 1864
A Escola Industrial é equiparada ao Instituto Industrial de Lisboa e passa a ter um curso de condutor de minas.

Lisboa – 1879
Criação no Instituto Industrial e Comercial de um curso de condutor de minas.

Porto – 1885
Reforme na Academia Politécnica. Cursos de seis anos para engenheiros civis de obras públicas, de minas e industriais. Curso de comércio.

Lisboa e Porto – 1886
Reforma dos Institutos Industriais e Comerciais. Cursos especiais industriais de quatro anos.

Lisboa e Porto – 1888
Regulamentos dos Institutos Industriais e Comerciais.

Lisboa e Porto – 1891
Redução dos cursos nos Institutos Industriais e Comerciais.

Lisboa – 1892
Criação de um curso de minas na Escola do Exército.

Lisboa – 1894
Os cursos de minas e engenharia civil da Escola do Exército fundem-se num só de três anos (após os preparatórios).

Porto – 1911
Criação da Escola de Engenharia, anexa à Faculdade de Ciências.

Lisboa – 1911
Criação do Instituto Superior Técnico, pelo desdobramento do Instituto Industrial e Comercial. Suprimido o curso de engenharia civil professado na Escola do Exército.

Porto – 1915
A Escola de Engenharia é transformada em Faculdade Técnica. A duração dos cursos é de três anos, após os três anos de preparatórios nas Faculdades de Ciências.

Porto – 1917 (D. 2 959)
Cursos profissionais de fiação e tecelagem na Faculdade Técnica.

Porto – 1918 (D. 5 047)
Organização da Faculdade Técnica. Cursos especiais: engenharia civil, de minas, mecânica, electrotécnica, química. Duração mínima do curso: três anos.

Coimbra – 1919 (D. 5 770)
Cria uma Faculdade Técnica.

Porto – 1921 (D. 7 332)
Regulamento da Faculdade Técnica.

Lisboa – 1921 (D. 7 727)
Regulamento do Instituto Superior Técnico, de acordo com o D 5 029. O IST é mantido pelo Ministério do Comércio e Comunicações.

Coimbra e Porto – 1926 (D. 12 696)
Organização das Faculdades. A Faculdade Técnica do Porto passa a chamar-se Faculdade de Engenharia.

Porto – 1928 (D. 15 336)
Cria na Faculdade um curso complementar de quatro anos para os diplomados pelo Institutos Industriais ascenderem a engenheiros.

Lisboa – 1929 (D. 16 729)
O Instituto Superior Técnico passa a depender do Ministério da Instrução Pública.

Porto – 1930 (D. 18 739)
Organização da Faculdade. Mantém os cursos existentes, paralelamente aos do IST. Reduz o ensino teórico ao essencial e desenvolve o prático.

Lisboa e Porto – 1930 (D. 19 017)
Reorganiza o curso de engenheiros hidrógrafos (para oficiais de marinha).

Porto – 1035 (D. 24 966)
Regulamento da Faculdade.

Lisboa e Porto – 1955 (D. 40 378)
Novo plano dos cursos de Engenharia, unificando para as Faculdades de Ciências e o IST os três primeiros anos e para o IST e a Faculdade do Porto os três anos restantes.

Porto – 1962 (D. 44 377)
Alteração das cadeiras do 6.º ano.

Lisboa – 1964 (P. 20 756)
Regula o curso de engenharia aeronáutica para a Força Aérea.

Lisboa e Porto – 1964 (D. 45 840)
Altera os planos de estudos da Faculdade e do IST.

Sunday, April 29, 2007

Actualidades II.33. Sistemas de Acesso.

MILLER GUERRA, J. P.; SEDAS NUNES, A. – A Crise da Universidade em Portugal: Reflexões e Sugestões, in «A Universidade na Vida Portuguesa», vol. 2, Lisboa, Gabinete de Investigações Sociais, 1969, p. 427 – 471.

Excertos:

… os sistemas de acesso estudantil à educação de nível universitário que se adoptem numa eventual reforma do ensino superior português, terão de ser cuidadosamente adaptados à diversidade das necessidades, situações e perspectivas dos diferente ramos de ensino e, de forma alguma, rígidos, uniformes, inflexíveis como se fossem bons ad aeternum. Efectivamente, uma determinada forma de acesso, aconselhável em certo ramo ou escola, pode estar contra-indicada, em razão de circunstâncias peculiares, noutro sector ou noutra instituição. E é perfeitamente admissível que, nuns casos, se pratique a entrada livre, noutros a entrada mediante exame de aptidão e, noutros ainda, a admissão através de concurso.

A entrada livre pode, designadamente, justificar-se em sectores ou instituições deliberadamente orientados para proporcionar, num primeiro escalão de ensino, uma formação superior a amplas «massas» de alunos, a partir das quais se venham depois a seleccionar, internamente, os indivíduos comprovadamente aptos para um padrão mais alto de qualificações técnicas ou científicas. (p. 435 – 436).

… o «numerus clausus», com a admissão de alunos mediante concurso, é susceptível de se revelar indispensável ou conveniente … quando a procura de educação superior em certo ramo corre o risco de exceder a tal ponto a capacidade de absorção dos diplomados pelo respectivo mercado dos empregos, que permitir o incremento ilimitado das matrículas significaria consentir que um forte contingente de estudantes entrasse por vias sem saída. … seria imprescindível acautelar institucionalmente o sistema, quer contra o «malthusianismo» corporativo, tendente a manter rara a oferta de licenciados e anormalmente altas as correspondentes remunerações, quer contra o possível cerceamento, por outras «classes profissionais», do desenvolvimento de novas categorias de especialistas universitários, potencialmente concorrentes a posições por aquelas normalmente ocupadas. (p. 436).

… [os exames de aptidão] A exemplo do que fazem as Universidades estrangeiras onde este assunto tem sido atentamente considerado, deveriam deixar de consistir numa simples e inútil re-verificação de aproveitamento escolar, para assumirem o aspecto de uma avaliação da capacidade geral e da maturidade dos estudantes. Conviria, por conseguinte, antes do mais, conhecer em pormenor os métodos postos em prática e os resultados obtidos, neste domínio, por essas Universidades. (p. 436 – 437).

Saturday, April 28, 2007

Actualidades II.34. Desfasamento Entre a Universidade e a Sociedade.

… as Universidade continuaram, por um fenómeno de inércia institucional, a «produzir» licenciados que correspondem a exigências em vias de declínio e, por outro lado, não preparam os investigadores e especialistas de que a vida moderna carece de maneira rapidamente progressiva. (p. 437).

… certas Universidade tiveram e têm extrema dificuldade em corresponder ás necessidades e aos estímulos que lhes vêm do exterior e, em razão disso, muitas delas separaram-se da vida social que as circunda. Um exemplo é o das Faculdades de …, que recebem os estudantes que as procuram, formando um certo número de …, sem que elas mesmas tenham conhecimento das necessidades … nacionais.

As Faculdades de … ignoram (e a responsabilidade não lhes cabe, mas ao sistema em que estão envolvidas) as necessidades reais do país, por exemplo em …, em …, em …, etc. Estão sujeitas, como aliás as outras, a um certo mecanismo de oferta e procura, mas sem nenhum processo de ajustamento às exigências positivas da … enquanto serviço social. Parece, portanto, e para só falar deste ponto, que deveria ser estabelecida, numa futura reforma, a ligação orgânica, intrínseca, entre as instituições que têm por fim formar … e as instituições que os utilizam – como a …, a … e a …

Outro aspecto da questão é o seguinte: sabemos hoje que o curso ministrado por estas Faculdades não é bastante para que o licenciado possa desempenhar todas as funções que a … moderna reclama. O curso …, como já se tem dito, deve ser considerado apenas como uma introdução à vida profissional e, de forma nenhuma, como o princípio e o fim da preparação para a vida [profissional]. É útil chamar atenção para a expressão corrente «formado». Este termo, «formado», como sinónimo de completo, de pronto para a actividade [profissional], é uma sobrevivência do passado.

Na verdade, o …, ao concluir o curso, não está formado, está apenas licenciado. Hoje, as Faculdades de … devem prolongar o seu ensino e a prática [profissional] para além dos anos escolares, nos chamados cursos pós-graduados, que constituem a primeira fase de uma educação … permanente. … os cursos pós-graduados têm outras funções – porventura mais importantes do que o aperfeiçoamento profissional: preparam especialistas de diferentes ramos e fornecem a preparação para os graus académicos mais elevados … em que a competência científica e técnica seja consagrada por um grau supra-escolar.

… relembre-se que em 1962 se reuniu na capital, com grande afluência de participantes e larga repercussão, o Congresso do Ensino de …, onde vozes particularmente autorizadas fizeram ressaltar com clareza o desacordo existente entre, de um lado, as concepções e os esquemas universitários de referido ensino, e, do outro, as condições do exercício das profissões de … e as exigências do desenvolvimento nacional. No entanto, nenhuma alteração foi até agora [1969] introduzida nos cursos … (p. 437 - 439).

Friday, April 27, 2007

Actualidades II.35. A Autonomia Universitária e a Administração Pública do Ensino Superior.

Os dois exemplos citados … são extremamente significativos dos vigorosos obstáculos que, de dentro ou de fora das Universidades, não só dificultam a sua adaptação às transformações da vida económica e social, como as impedem de representar um eficiente «propulsor» dessas mesmas transformações. Problema crucial de qualquer reforma universitária que se proponha conjugar a evolução das instituições do ensino superior com os requisitos do progresso económico, social e cultural, será exactamente o da eliminação de tais obstáculos, ou melhor: o da instauração, nas Universidades, de condições que permitam e assegurem, em toda a medida do possível, um processo evolutivo criador.

Em Portugal, como noutros países, este problema tem sido frequentemente identificado como o da autonomia universitária … (p. 439).

Uma remodelação profunda das estruturas, dimensões, orientações e formas de acção … parece-nos, por conseguinte, constituir um pressuposto imprescindível de uma política verdadeiramente modernizadora em matéria de ensino, capaz de promover uma reconversão universitária adequada às condições e aos imperativos do mundo em que vivemos. Esse departamento necessita de ser dotado de um conjunto de órgãos convenientemente dimensionados, equipados e articulados, de tal modo que, ao contrário do que presentemente sucede, se lhe torne possível, a cada passo, estudar, prever, definir, decidir e fazer executar com eficiência, critérios modernos e continuidade, não apenas as grandes reformas, mas igualmente as incessantes adaptações que doravante se impõem.

A modernização do ensino e das suas instituições, que terá de ser permanente, subentende, a nosso ver, a do Ministério superiormente responsável pela acção educativa. (p. 440).

Thursday, April 26, 2007

Actualidades II.36. A Autonomia e a Reforma Estrutural.

… importa lembrar que, no passado, todas as reformas universitárias de fundo – tanto em Portugal como noutros países (mas mais especialmente nas nações latinas) – tiveram de ser impostas às Universidades, contra a sua declarada oposição, por um Poder exterior e mais forte, na maior parte dos casos o Poder Público.

… o modo como se tem desenvolvido e aplicado a reforma … - reforma acerca da qual se pode dizer que foi exigida, não só ás Universidades, como também ao próprio Estado … - é igualmente esclarecedor a respeito das poderosas resistências que, no seio dos organismos universitários tradicionais, tendem a impedir inovações profundas. Uma vez quebrada a unidade e reduzido o vigor do movimento contestativo …, assistiu-se … a surpreendentes e significativos fenómenos de restauração (sob novas aparências) de antigas estruturas a de situações arcaicas, … momentaneamente elimina[das]. O princípio da autonomia universitária, consagrado pela Lei …, facultou, exactamente, a estas «acções de recuperação», um instrumento jurídico de grande eficácia.

Julgamos, pois que a História e a experiência contemporânea são suficientemente demonstrativas de que as instituições universitárias tradicionais, designadamente as do tipo napoleónico-latino, não se auto-reformam, limitando-se a pedir ou consentir alterações circunscritas, que não afectam o seu carácter essencial.

Somos assim levados a concluir que a autonomia não pode ser considerada como o adequado ponto de partida – ou a alavanca – de uma autêntica reforma estrutural do sistema universitário, nomeadamente no nosso país. Por outras palavras: não cremos que a necessária reforma da Universidade seja viável enquanto auto-reforma. (p. 441).

Wednesday, April 25, 2007

Actualidades II.37. A Autonomia Como Instrumento de Inovação.

… parece evidente que simples revisões dos planos de cursos já instituídos e até, em determinados casos, a criação de novos cursos em Escolas pré-existentes, não deveriam estar sujeitas ao complicado e moroso processo administrativo-político que, de acordo coma legislação em vigor, tem de ser forçosamente seguido. (p. 441).

Por outro lado, a autonomia – convenientemente conciliada com um controlo estadual maleável, exercido através de órgãos eficientes e modernizados – é uma característica necessária de qualquer Universidade progressiva, capaz de se manter atenta e receptiva às solicitações do movimento científico, tecnológico, económico e social e facilmente adaptável á acelerada evolução contemporânea da cultura, dos conhecimentos e dos métodos de trabalho intelectual. Deste modo, não podendo embora ser adoptada como ponto de partida para a reforma universitária, a autonomia deve constituir um objectivo a atingir mediante essa mesma reforma.

Só a instituições inovadoras a autonomia servirá como instrumento de inovação. Em instituições de tendência conservadora, representaria, essencialmente, um instrumento de conservação. (p. 442).

Tuesday, April 24, 2007

Actualidades II.38. O Ensino Superior Cientifico e Tecnológico e o Mercado de Emprego.

… Não cremos seja excessivo pensar que o futuro da sociedade portuguesa está pendente, em medida muito considerável, das medidas que venham a tomar-se [no] campo … das condições que informam, no nosso país, o ensino superior científico e tecnológico. … Aliás, já o esteve de decisões semelhantes, em séculos transactos, quando forças dominantes no país e na Universidade, primeiro obstaram ao desenvolvimento das expressões então modernas do Conhecimento e da Cultura, e depois adoptaram as formas institucionais menos aptas para as promover e transmitir. Foi essa porventura uma das razões historicamente mais decisivas do atraso em que o país hoje se encontra. Em nossos dias, opções análogas teriam certamente consequências ainda mais graves.

Em contrário do que acabamos de expor, argumenta-se, por vezes, que já existem em Portugal excedentes de licenciados em certos ramos das Ciências e da Tecnologia, onde se verificam dificuldades de colocação no mercado de empregos. Dada, porém, a exiguidade internacionalmente comprovada do escol científico e técnico português, esses excedentes, a existirem de facto, só podem ter um de dois significados, senão ambos. Ou resultam de uma simples discordância entre, por um lado, a estrutura quantitativa e/ou qualitativa da oferta de diplomados e, por outro, a composição da respectiva procura – e, neste caso, adequadas medidas de política e de reforma universitária poderão lograr um melhor ajustamento, porquanto aquela estrutura é largamente determinada pela do sistema universitário e pelas suas condições de funcionamento. Ou têm origem na incapacidade das próprias estruturas económicas, culturais e institucionais do país para receber e ocupar os agentes qualificados de que o desenvolvimento nacional tem premente necessidade – e, nesta hipótese, estar-se-á perante uma situação de atraso estrutural global, que se deverá procurar vencer mediante um conjunto de reformas modernizantes e convergentes em vários sectores, um dos quais será exactamente o do ensino universitário. (p. 444 – 445).

Monday, April 23, 2007

Actualidades II.39. Reformas Importantes e Honradas.

… Nenhum processo que implique a coordenação dos programas em cada «ano curricular» e no conjunto dos sucessivos «anos» de cada curso, se encontra obrigatoriamente estabelecido ou é habitualmente praticado. (p. 458).

… julgamos que a situação … nas Universidades portuguesas … deverá ser enfrentada pondo em prática duas ordens de medidas, umas imediatas, outras a prazo. Mas aquelas sem estas seriam estéreis, melhor dizendo: seriam contraproducentes, porque despertariam esperanças vãs.

O ponto essencial é a vontade de empreender reformas importantes e honradas. Importantes quer dizer que modernizem de facto o sistema português de ensino superior, segundo as necessidades de uma nação que não pode deixar de entrar no caminho da Cultura moderna e da Técnica, ou seja: na civilização … dos nossos dias. Honradas significa que procedam da firma e recta intenção de reconverter o sistema, melhorando significativamente o ensino universitário, e de forma nenhuma, do propósito de apenas introduzir alterações circunstanciais ou de mera oportunidade. (p. 463).

Sunday, April 22, 2007

Actualidades II.40. Medidas a Adoptar Imediatamente.

a) Em relação ao corpo docente.

1.ª) Aumentar o número dos professores catedráticos e [associados] … Para o efeito, promover o preenchimento rápido das … vagas existentes, alargar substancialmente o quadro legal dos professores em todas as Faculdades onde essa medida se imponha com urgência e estabelecer o princípio de que, não devendo o número dos alunos a cargo de cada professor exceder determinado quantitativo, esse quadro será automaticamente ampliado à medida que o crescimento das populações escolares e o desdobramento de turmas o exijam. (p. 463).

2.ª) Modificar o regime do recrutamento dos professores, com vista a que: a) se torne muito mais expedito do que o actual; b) se evite que as vagas que se vão abrindo permaneçam a descoberto durante sucessivos anos; … (p. 464).

6.ª) … c) criação, em prazo breve e onde seja possível, de cursos pós-graduados de doutoramento, amplamente dotados de bolsas para doutorandos; … (p. 465).


b) Em relação ao corpo discente.

6.ª) Reforçar largamente o actual dispositivo de concessão aos estudantes economicamente menos favorecidos, de bolsas de estudo e de outros subsídios directos e indirectos, utilizando-o simultaneamente como instrumento de democratização do acesso à educação universitária e como processo de estimular a procura dos cursos que ao país mais convém que vejam a sua população escolar desenvolver-se.


c) Em relação às infra-estruturas

1.ª) … cuidando de não comprometer – pela adopção de soluções «precipitadas» e de alto custo – a futura qualidade pedagógica das infra-estruturas físicas, arquitectónicas e urbanísticas da Universidades. Será imprescindível ter presente que, nas Universidades modernas, estes aspectos se revestem de importância crucial e que, por isso, decisões aparentemente das mais oportunas – como a de promover, para uma ou outra Escola, a imediata construção de novos edifícios, projectados em prazo curto por arquitectos mal informados acerca da moderna arquitectura universitária e implantados em locais apressadamente escolhidos – podem, a mais longo termo, vir a revelar-se extremamente inadequadas, quando não desastrosas … (p. 466 – 467).

3.ª) Multiplicar e melhorar significativamente as instalações destinadas aos estudantes (zonas de convívio, cantinas, locais de trabalho, etc) cujas deficiências são hoje, na generalidade dos casos, por demais evidentes. (p. 467).

Saturday, April 21, 2007

Actualidades II.41. Objectivos duma Reconversão Global.

a) transformar as Universidades tradicionais de que a sociedade portuguesa dispõe em Universidades modernas, capazes de corresponder com inteira eficácia, adequação e dinamismo às novas necessidades implicadas no desenvolvimento da economia e na evolução contemporânea da sociedade e da cultura;

b) criar … Universidades em Portugal que … permitam … fazer radicar no país um novo modelo institucional universitário adaptado às exigências do progresso técnico, científico, socio-económico e cultural.

Friday, April 20, 2007

Actualidades II.42. Viabilidade da Reforma Universitária.

A experiência demonstra … que a realização de reformas universitárias profundas suscita grandes dificuldades e resistências. Parece-nos, pois, indispensável apontar … duas condições que julgamos necessário se congreguem para que a modernização e a ampliação do sistema universitário português possam ser lavadas a cabo com êxito.

Consiste a primeira na reforma do Ministério da Educação Nacional

Reside a segunda em que a reconversão do dispositivo universitário … terá que ser assumida e enquadrada por um verdadeiro programa de Governo, como parte integrante de uma política nacional de desenvolvimento, na qual o Poder Público esteja colectivamente empenhado. …

O futuro do sistema universitário português depende estreitamente de condições que lhe são exteriores. Tudo na sociedade se liga, entrelaça, encadeia e está suspenso de opções que transcendem sectores específicos de actividade. Mas as diversas estruturas constituem um todo e, por isso, as reformas, se por um lado dependem umas das outras, também por outro lado se dinamizam reciprocamente. … O que importa é desencadear, em pontos estratégicos – e a Universidade é um deles – acções que libertem as energias criadoras encarceradas nas estruturas envelhecidas. (p. 470 – 471).

Agosto de 1969

Saturday, April 14, 2007

Cinco Anos São Passados

Já noutro local deste blog (Universidade do Futuro: As Propostas) foi referida uma sugestão, de Janeiro de 2002, no sentido de todas as actividades académicas da FCT/UNL serem enquadradas numa escola internacional. Precisamente na mesma data do post, a imprensa internacional (Newsweek, Vol. CXLIX, N.º 9, 26 de Fevereiro de 2007) dava conta de «uma nova estratégia para construir uma Ivy League na Ásia». A notícia era que para travar a fuga dos mais qualificados e brilhantes para a Ivy League, algumas das melhores universidade Asiáticas estão a oferecer muitas, quando não a maioria das disciplinas em Inglês.

Dois factores se confrontam na Ásia: a demografia «estratosférica» e a incapacidade da maioria fazer face aos custos de uma educação de excelência no estrangeiro. Ora «quando a montanha não vem a Maomé …» a mais antiga e prestigiada universidade Sul Coreana, Yonsei , abriu, no início de 2006, uma escola, Underwood International College (UIC), com programas de quatro anos, totalmente em Inglês, para competir com as melhores universidades da Europa, EUA e atrair estudantes estrangeiros.

Yonsei é uma universidade privada, em Seoul, e começou com cinco cursos: Literaturas e Culturas Comparadas, Economia, Ciências Políticas e Relações Internacionais, Estudos Internacionais e Engenharia e Ciências Naturais. As bolsas de estudos para os alunos e os vencimentos dos professores são relativamente elevados.

Outras universidades de topo, tais como a Universidade da Coreia, também criaram, recentemente, programas de quatro anos exclusivamente em Inglês. A Universidade de Hong Kong e a Universidade Nacional de Singapura já usam extensivamente o Inglês. A prestigiada e privada Universidade Waseda, em Tóquio, tem a funcionar, desde 2004, a School of International Liberal Studies. As melhores universidades Chinesas estão também a aumentar a oferta de disciplinas leccionadas em Inglês. Para os estudantes, algumas das vantagens de disporem, localmente, de uma educação de nível internacional, para além de uma substancial poupança, é ficarem mais perto da família, amigos e manterem ou desenvolverem a sua rede de contactos.

O país que mais tem aderido a esta tendência é a Coreia do Sul. Segundo a Newsweek, em 2002, a Universidade da Coreia leccionava menos de dez por cento das suas disciplinas em Inglês. Em 2006, esse valor tinha subido para 35 por dento e prevê-se que atinja os 60 por cento em 2010.

De acordo com os dados publicados pela OCDE , em 2004, em Portugal, os alunos estrangeiros representavam uns modestos quatro por cento (pouco mais de dezasseis mil) do total dos alunos do ensino superior. A média na OCDE era de sete por cento. A nova Zelândia tinha 28 por cento e ainda mais, 37 por cento, em programas de investigação.

Está por estimar o número de estudantes dos países de língua Portuguesa, das comunidades Portuguesas e de outras nacionalidades que optariam por este tipo de ensino, em Portugal, assim como o montante das transferências para Portugal dos alunos que aqui estudam. O clima de relativa tranquilidade, para já não falar nos dias de Sol, que Portugal proporciona, são uma vantagem comparativa substancial, no Mundo conturbado de hoje.

As dificuldades em leccionar e estudar em Inglês, não são discipientes. A alternativa dos melhores alunos Portugueses irem todos estudar para o MIT, Purdue, Carnegie Mellon, Texas e Inglaterra e por lá ficarem, também tem muito de negativo. Parece não haver interesse de nenhuma universidade estrangeira de prestígio em estabelecer um campus em Portugal. A janela de oportunidade pode estar aí.

Como ninguém deu atenção em 2002, há cinco anos atrás, quando abrir a primeira escola com cursos em Inglês, à boa maneira Portuguesa, vão abrir logo mais vinte, ali mesmo ao lado, na Rua das Inglesinhas, uma transversal à Escadaria das Universidades, no Grande Centro Comercial da Beira Mar.

Viva Quem Vencer!

Thursday, April 12, 2007

Pior que Analfabeto é Aquele que Não Quer Ler

Nos EUA

For almost 60 years, there has been some type of nongovernmental coordinating agency for accreditation.

College Accreditation in the United States

School accreditation - Wikipedia


Council for Higher Education Accreditation (CHEA)

A national advocate and institutional voice for self-regulation of academic quality through accreditation, CHEA is an association of 3,000 degree-granting colleges and universities and recognizes 60 institutional and programmatic accrediting organizations.

Government Relations
Databases and Directories
Informing the Public About Accreditation
CHEA Rsearch and Publications
International Quality Review
About CHEA
Recognition
CHEA Award
Degree Mills and Accreditation Mills


No Brasil

As instituições federais e privadas e cursos académicos são regulamentados pelo Ministério da Educação (MEC). Programas municipais e estaduais e instituições são regulamentados pelo Conselho de Educação de cada estado.

O Brasil tem experiência considerável na avaliação de instituições e programas, incluindo: a avaliação ao nível da pós-graduação, que vem sendo executada, desde a década de 60, pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES); o Programa de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras (PAIUB), desenvolvido nos anos 90; desde 2004, o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) tem coordenado avaliações e regulamentos e executa funções de acreditação (garantia e certificação de qualidade) e avaliação (melhorias).

O SINAES encarrega-se das avaliações institucionais internas e externas, cursos de graduação e estudantes (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes, ENADE). Além disso, o Brasil, Argentina, Chile e Colombia estão em constante desenvolvimento dos aspectos teóricos e metodológicos das práticas de acreditação e avaliação.

Os processos avaliativos são coordenados e supervisionados pela Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (CONAES). A operacionalização é de responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).


Em Portugal

Regime jurídico dos graus e diplomas do Ensino Superior (Decreto-Lei nº74/2006).

Agência de Avaliação e Acreditação para a Garantia da Qualidade do Ensino Superior (Decreto-lei para consulta pública de 2007/02/01).

Novo regime jurídico da avaliação do Ensino Superior (proposta de lei de 2007/03/23).


Em relação aos restantes Países de Língua Portuguesa

Como já tem sido referido: agora não se pensa nisso.

Tuesday, April 03, 2007

Serviços de Urgência

No país dos egenheiros.

112 SOS Número Nacional de Socorro

117 Protecção à Floresta. Número Nacional

171 Serviço de Comunicações Internacionais Assistidas: chamadas internacionais com assistência de operador

177 Serviço de Informações Internacionais: listas telefónicas internacionais

144 Linha Nacional de Emergência Social: Instituto de Solidariedade e Segurança Social

118 Serviço de Informações Nacionais: atendimento automático

120 Serviço de Comunicações Nacionais Assistidas: chamadas nacionais com assistência de operador

1820 Serviço de Informações Nacionais: atendimento personalizado

Para além do 112, 117 e 144, todos os outros números de Serviços de Urgência têm nove algarismos:

Bombeiros

Centro de Busca e Salvamento Marítimo

Cruz Vermelha

Guarda Nacional Republicana

Hospitais

Intoxicações

Polícia de Segurança Pública

Polícia Judiciária

Polícia Marítima

Polícia Municipal

Protecção Civil


Pausa de bom humor.

Atendimento Automático:

Se deseja marcar 1, marque 3.
Se prefere marcar 3, marque 8.
Se em vez disto, quer marcar 8, marque 5.

Se deseja ouvir as opções novamente, marque 49.
Se já se esqueceu da razão porque fez esta chamada, marque 50.

Obrigado por continuar à espera. A sua chamada é muito importante para nós! É tão importante que de vez em quando até contratamos alguém para atender as chamadas que ficam em espera …


Atendimento Automático do Gabinete do PM:

Obrigado por ter ligado para o Gabinete do PM, a companhia mais certa para seus momentos de maior loucura.

Se é obsessivo-compulsivo, marque repetidamente o número 1.

Se é co-dependente, peça a alguém que marque o número 2 por si.

Se tem múltipla personalidade, marque 3,4,5 e 6.

Se é paranóico, nós sabemos quem é, o que faz e o que quer. Espere na linha enquanto localizamos a sua chamada.

Se sofre de alucinações, marque o 7 nesse telefone colorido gigante que mais ninguém vê à sua direita.

Se é esquizofrénico, escute cuidadosamente, e uma voz interior indicar-lhe-á o número a marcar.

Se é depressivo, não importa que número marque. Nada o vai tirar da sua lamentável situação.

Porém ... se votou no ENGENHEIRO, .... desligue e espere até 2009! Aqui só atendemos loucos e não imbecis! Obrigado!


Agora que já está bem disposto, pode ler o resto da história.

A Inglaterra tem o 999 desde 1937 e os EUA têm o 911 desde 1968.

Nos EUA o sistema está delegado a mais de seis mil centros de contacto. As chamadas, normalmente, são atendidas por uma empresa de serviço telefónico local, que as encaminha para os serviços de emergência relevantes. Se por qualquer motivo não se conseguir marcar 911, basta marcar o «0» de «Operador».

Na Índia, onde se tem que marcar um número para a polícia, outro para os bombeiros e um número diferente para cada hospital, uma empresa privada sem fins lucrativos começou a oferecer o 108.

A escolha do 108 foi fácil, porque Krishna dançou com 108 pares, tem 108 nomes e na astrologia Chinesa há 108 estrelas sagradas. O serviço começou a funcionar em Agosto de 2005 e abrange já cerca de 25 milhões de pessoas. As chamadas para o 108, vão para um único centro, onde se encontram os serviços de emergência médica, bombeiros e polícia.

O 108 é o primeiro serviço de emergência a coligir e processar os dados das chamadas que recebe. 95 por cento das chamadas são atendidas após um ou dois toques e o tempo médio para alguma ajuda chegar junto a um doente é de 14 minutos.

Monday, April 02, 2007

De «Preparados» a «Licenciados»

Em 1863, após três anos de estudos preparatórios na Escola Politécnica de Lisboa ou Academia Politécnica do Porto, os alunos podiam ingressar no curso de engenharia ministrado na Escola do Exército.

Houve, depois, uma temporada em que, após três anos de estudos, tinham direito ao Bacharelato.

Em 2007, após três anos de estudos superiores, os alunos podem ser Licenciados em Engenharia.

Tal é o progresso, ao fim de quase 150 anos, do ensino da Engenharia em Portugal.

Agora é observar o número de Portugueses com um grau superior a aumentar, vertiginosamente, durante o mandato do actual governo.

É ver as despesas com a formação de licenciados a diminuírem, radicalmente, no mesmo período.

A eficiência do sistema de ensino superior Português vai dar um salto quântico.

A Estatística é uma ciência maravilhosa, quando utilizada em prol do bem comum.

Estamos todos de parabéns.

Sunday, April 01, 2007

MBA Intercontinental

As universidades do interior e regiões autónomas vão lançar um programa de MBA conjunto com mais renome internacional do que qualquer outro a funcionar ou anunciado em Portugal. «Vamos mostrar o valor da paisagem – declarou um dos promotores do curso – e do que é profundamente Português».

Apesar das universidades Nova e Católica de Lisboa já terem anunciado o lançamento de um MBA conjunto, logo seguido de uma iniciativa de Belmiro de Azevedo para o Porto, o MBA Intercontinental está numa fase muito mais adiantada. «Portugal não é só Lisboa. O Porto continua a responder da mesma maneira de sempre. Nós somos mais, melhores e temos mais terras. Nós somos o país real.» Confidenciou a mesma fonte comentando ainda que «os Portugueses sabem distinguir promessas de boas obras».

Vendo bem, Cavaco Silva é natural de Loulé, tal como Duarte Pacheco; Rui Nabeiro, de Campo Maior e Garcia de Orta, de Castelo de Vide (Portalegre); Jardim Gonçalves, do Funchal e José Berardo, também é Madeirense; Aristides de Sousa Mendes, de Cabanas de Viriato, Aquilino Ribeiro, do Carregal e Edgar Cardoso, de Resende (Viseu); Bento de Jesus Caraça, de Vila Viçosa e André de Resende, de Évora; Eugénio de Andrade, do Fundão; Fernando Namora, de Condeixa-a-Nova (Coimbra); Miguel Torga, de Sabrosa (Alto Douro); Vergílio Ferreira, de Gouveia; Teófilo Braga, Hintze Ribeiro e Roberto Ivens, de Ponta Delgada; Vitorino Nemésio, da Praia da Vitória (Terceira).

Lisboa e o Porto só podem contar com quem não está envolvido no MBA Intercontinental. De Norte a Sul e Ilhas a mobilização é total. A iniciativa é de sete universidades públicas (Açores, Algarve, Beira Interior, Coimbra, Évora, Madeira e Trás-os-Montes e Alto Douro) uma coincidência curiosa, neste ano de 2007 das Novas Sete Maravilhas do Mundo e de Portugal. Há também um acordo com sete politécnicos públicos (Beja, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Portalegre e Viseu) de modo a assegurar a cobertura de toda a região interior do país e Algarve.

Esta iniciativa, aparentemente, da «sociedade civil» vai muito mais além. Envolve unidades militares de todos os ramos das forças armadas, pelas competências de que dispõe e pelo interesse num MBA de vanguarda. Os médicos, juristas e, em geral, os quadros superiores de toda esta vasta região aderiram a este MBA em grupos informais ou por intermédio das suas organizações regionais. As comissões de coordenação e desenvolvimentos regional do Alentejo, Algarve e Centro têm importantes ligações e envolvimentos no MBA Intercontinental. O mesmo acontece com as direcções regionais do turismo das Açores, da Madeira e as regiões de turismo do Algarve, Alto Alentejo, Tâmega e Barroso, Centro, Dão Lafões, Douro Sul, Évora, Nordeste Transmontano, Planície Dourada, São Mamede, Serra da Estrela e Marão.

Existem também modelos de cooperação com o campus de Viseu do Centro Regional das Beiras da Universidade Católica Portuguesa, outras universidades e politécnicos privados. Pedro Telhado Pereira, reitor da Universidade da Madeira, formado pela Universidade Católica Portuguesa e antigo Professor da Universidade Nova de Lisboa, já, oportunamente, afirmou que «o sentido imanente à tarefa do ensino universitário, a de universalizar» é «a de ajudar a desenvolver e a potenciar as capacidades do ser humano sem a priori excluir ninguém».

O MBA Intercontinental funcionará rotativamente e de forma distribuída por todas as capitais de distrito envolvidas, dispondo, para tal do apoio administrativo e das infraestruturas do ensino superior locais. Unidades hoteleiras e de restauração locais, disponibilizaram-se para oferecer alojamento e alimentação em condições muito favoráveis, dado que as actividades lectivas funcionam, em geral, durante épocas baixas.

Beneficiando da criação da Região do Conhecimento do Sudoeste Ibérico, a cooperação além fronteiras vai agora estender-se por uma vastíssima região do interior, compreendendo as províncias de Salamanca, Zamora, Leão e Orense. Como referiu, na ocasião, Nuno Grilo de Oliveira, presidente do Instituto Politécnico de Portalegre, a proximidade com Espanha «não pode ser desperdiçada» e a participação de estudantes espanhóis é uma «forma de combater a litoralização» de Portugal.

Nada parece justificar que os potenciais alunos dos MBA’s paguem uma propina de 16 000 euros (cerca de três mil e duzentos contos) pelo privilégio de estudarem na Capital. «Esse dinheiro é o fruto do meu trabalho na minha terra e aqui pode ser aplicado» comentava um dos interessados.

Este MBA, vem ao encontro de muitos anseios do interior do país, como os expressos por Fernando Ruas, Presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses e da edilidade Visiense que já tinha prometido avançar com «algumas acções» na sua luta pela universidade pública de Viseu, criada por resolução do Conselho de Ministros. Maria da Graça Carvalho deixou o projecto ao seu sucessor, Mariano Gago, que nada fez. Esse projecto resultou de um trabalho liderado por Veiga Simão, com um plano de acção entregue ao Governo, que previa parcerias com a Universidade de Erlangen-Nuernberg (Alemanha) e a Siemens Medical Solution.

O que se antevê, é que este mestrado rapidamente «eclipse» os de Lisboa e do Porto e dê o salto mais espectacular até hoje registado na classificação internacional dos MBA, passando do nada para os vinte melhores. O MBA Intercontinental deve também apresentar a maior subida nos ordenados dos diplomados, uma taxa de empregabilidade total e um expressivo valor acrescentado.

Os candidatos ao MBA Intercontinental podem desde já iniciar o seu processo de pré-candidatura. Para tal devem procurar, de entre as sete universidades e sete politécnicos parceiros neste MBA, referidos acima, o que lhes está mais próximo e pesquisar na Web o endereço de correio electrónico. Nesta fase, basta enviar, ao Reitor da Universidade ou Presidente do Politécnico, uma breve mensagem manifestando interesse em frequentar o MBA Intercontinental, a tempo inteiro ou parcial, e um resumo do curriculum vitae.