Quanto mais conhecia a universidade Portuguesa, como aluno e depois como docente, mais diferenças encontrava, para pior, em relação às universidades Norte Americanas que conheci, como estudante e docente. As vantagens das Americanas eram avassaladoras, em qualidade e quantidade; tanto em recursos humanos, como em instalações.
A minha primeira ideia era que viesse a ser criada, em Portugal, uma Universidade Americana, à semelhança das que existem noutros países, há muitos anos. A universidade teria um campo, também «à Americana». Entre todos os locais possíveis para a sua instalação, a minha escolha recaiu sobre Sines, inspirado pelo facto de, nos EUA, muitas universidades terem sido criadas em cidades pequenas, com muito espaço livre e que são, essencialmente, cidades universitárias. Sines tem a vantagem de ter outras componentes, das quais poderiam advir vantagens mútuas.
Esta Universidade Americana estaria em concorrência com as já existentes e para não estar debaixo da alçada da legislação em vigor, teria que ser uma instituição privada. A mobilização dos meios materiais para um empreendimento desta envergadura e o risco inerente eram barreiras intransponíveis. Não tinha, nem adquiri estatuto que me permitisse liderar um projecto desta natureza. Perante todas as dificuldades que iria ter que enfrentar, a probabilidade de sucesso era demasiado baixa. Era inaceitável deixar ferir de morte um modelo que se pretendia que prevalecesse sobre os de então e agora.
Lembro-me de ter mencionado esta aspiração de uma Universidade Americana em Sines, a alguém. Esse podia ser o projecto da minha vida. Não me pareceu desagradado com a ideia. «Faça-o. – respondeu-me – Outros têm realizado coisas bem mais difíceis e perante maiores dificuldades. Porque não?»
Everything you wanted to know about higher education but were too bus(laz)y to search the Web
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