Extravasa dos objectivos desde artigo debruçarmo-nos sobre o problema da escola única e do tronco comum de estudos no ensino secundário. Queremos apenas salientar com estas considerações que a inexistência de orientação escolar e de meios fáceis de comunicação entre o ensino liceal e o ensino técnico, torna penosa e demorada qualquer «reconversão» da carreira escolar e marca prematuramente o destino dos alunos. Também, aqui, a escolha entre o liceu e a escola técnica é feita, na maior parte dos casos, por razões de ordem social ou económica: opta-se pela escola técnica porque se teme a longa duração do curso liceal sem formação imediata utilizável na vida activa quando interrompido ou porque se prefere um ingresso sem delongas na vida profissional com a remuneração correspondente.
O ciclo preparatório criado pelo Decreto-Lei 47 480, de 2 de Janeiro de 1967, se puder ser aplicado dentro do espírito que animou o legislador, traduz-se numa melhoria apreciável, na medida em que adia de dois anos o momento da escolha entre o liceu ou a escola técnica e considera a orientação escolar como uma das suas principais finalidades. A sua articulação com a 5.ª e 6.ª classes do ensino primário resultantes do alagamento da escolaridade obrigatória - passo essencial na igualização de oportunidades - é, porém, muito defeituosa, pois que a diferença de matérias professadas e a orientação dos respectivos ensinos erguem barreiras à circulação entre o ensino primário e o ciclo preparatório, de muito difícil transposição. (p. 243-244).
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Friday, February 15, 2008
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