É a classe do «licenciado», como já a designaram alguns sociólogos latino-americanos, e que em Portugal é reconhecida socialmente por essa designação simbólica de deferência: a classe dos «Senhores Doutores» (ou «Senhores Engenheiros»), que na forma escrita se reduz ao eufemismo do «Senhor Dr.» [ou «Senhor Eng.»]; algo assim como os nobres eram «Dons».
Claro que esta designação habitual não é boa nem má. Mas faz-nos notar com maior clareza que os diplomados das escolas superiores formam um estrato socialmente bem referenciado, embora com vários compartimentos interiores.
No processo dinâmico inevitável de sensibilização psicológica, os membros deste grupo social tomam consciência desse facto, talvez não propriamente enquanto «classe», mas pelo menos enquanto camada ou estrato da população, o que é no entanto mais vasto e tem muito maior significação do que a consciência de se pertencer a um grupo profissional. Os «universitários», os «diplomados», os «intelectuais» constituem outras tantas designações e apelações correntes desse estrato. (p. 252).
Everything you wanted to know about higher education but were too bus(laz)y to search the Web
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