[…] para melhorar a eficiência da investigação ligada ao ensino superior devem as Universidades ter autonomia financeira para gerir os fundos necessários ao ensino e investigação, inclusivamente os que dizem respeito aos cursos para pós-graduados (e com uma fracção aproximada de 1/3 para trabalhos de investigação).
Ora, entre nós são baixíssimas as verbas atribuídas no Orçamento Geral do Estado às Escolas Superiores e mínimas as que se destinam à investigação. […] mesmo levando em conta os fundos não provenientes do orçamento ordinário das escolas (subsídios concedidos pelo I. A. C., J. I. U., Fundação Calouste Gulbenkian, OTAN), a verba gasta pelas escolas superiores científicas e técnicas com cada aluno inscrito em 1963/64 andou pelos 9 contos e a parte da verba total despendida com a investigação no foi além de 20%! Além disso, como noutros lugares sucede, «as rubricas orçamentais estão estabelecidas por tradição e definidas com uma antecedência de alguns meses; e como é óbvio que nenhum laboratório pode prever com tanta antecedência as suas necessidades exactas e pormenorizadas, esta maneira de proceder actua directamente contra o crescimento da ciência…; como ninguém quer que o surpreendam a devolver fundos aos cofres do Estado, é inevitável que no fim do ano se produza um certo número de compras desordenadas para gastar até ao último centavo o que ainda não fora despendido em cada uma das rubricas orçamentais». (p. 140-141).
Everything you wanted to know about higher education but were too bus(laz)y to search the Web
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