O estudo de J. Dewey sobre o «interesse e o esforço», sugere como há que tomar a sério na organização dos programas do trabalho universitário, as necessidades latente que habitam os ânimos e a vida dos estudantes; também os professores as sentem - pois, como os estudantes, são testemunhas e «fazedores» do tempo humano constitutivo do Nosso Tempo. Acontece, porém, que altura da vida em que se situa a trajectória vital de uns e de outros faz com que o radares vivenciais de cada um deles registe e reaja a seu modo, e isto ainda consoante a curvar própria de cada tempo histórico.
Pode talvez formular-se uma lei psicosociológica segundo a qual, não obstante os indivíduos não serem empresas cegas de um determinismo sociológico que os arraste em grupo, os «adultos», em período de sua plena actuação sócio-cultural, trazem já em si o caminho latente das soluções, enquanto o grupo dos que se preparam para participarem inteiramente na vida adulta são particularmente sensíveis ao cariz das exigências dos tempos novos. Referimo-nos, mais uma vez, a uma lei-hipótese que pode levar-nos a tomar certas decisões de ordem prática de relevante importância. Na verdade, a ser assim, cabe aos professores prestar uma atenção serena e objectiva ao que se passa no «meio» universitário, estudando-o; auscultar o modo como vibra o sistema racional, consoante a estrutura em que se enquadra, dando nome às necessidades fundas que perpassam pelo corpo discente, e isto intercomunicando com ele; delinear a carta da nova rota; romper caminhos de soluções adequadas ao diagnóstico feito.
Onde está a grande deficiência, para não dizer, o nó górdio da crise: se a uma grande sensibilidade de registo, por parte do vibrátil corpo discente, às formas da problemática em gestação, o corpo docente, não distinguindo nestas senão pouco mais do que movimentos de superfície, não consegue contribuir (por falta de capacidade de maior criação de que devia ser senhor), ao seu delineamento e ao rasgar activo das soluções exigidas pelas formas nascentes, tanto no plano estrutural como no campo da textura das relações. (p. 191-192).
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