Wednesday, March 05, 2008

Actualidades I.56. Técnicas de Participação Global

Técnicas modernas, deste tipo, especificamente universitárias, são raras; um caso exemplificativo é o dos grupos trabalho universitário, com a presença de um monitor (que lembrou o advisory de Washburne) e sua ligação estreita com o professor respectivo. Mas a exploração metódica da área sócio-afectiva dos grupos só começou a florescer, na Europa, com o após-guerra, quando grande parte das «técnicas activas em grupo» datam já, pelo menos, do começo do século. As técnicas de participação global, que exploram área sócio-afectiva, não visam, apenas, a educação da inteligência, da vontade consciente, do sentimento (de que não se excluem as dimensões transcendentes do amor e da metafísica, enquanto vertentes integrantes da «vida humana»; estudam e tentam auto-regular o impacto produzido, sobre a própria textura relacional, pelo campo dinâmico do não-formal, do não programado, do não exclusivamente lógico-abstracto (do que nos marca a sensibilidade e a emoção, dá tonalidade às nossas «crenças» e comportamentos, e faz com que as nossas atitudes sejam o que são), breve, de tudo aquilo que nos afecta ao vivermos a vida que é a «nossa vida», mesmo quando é vida-com-os outros. Combinadas com as técnicas dos outros níveis, são as que atingem verdadeiramente os professores e os estudantes na sua totalidade de pessoas, na imbricação das áreas de aculturação, de convívio social e da individualidade, tratando-se, a nosso ver, por essa razão, de técnicas constitutivas de uma participação global.

Inicialmente, pelo menos, estes grupos de criação recente, eram mais acompanhados pelos assistentes, visto terem sido constituídos no contexto dos trabalhos práticos. No entanto, evoluem no sentido de se alargar o âmbito do seu funcionamento, com participação maior dos próprios professores das cadeiras, e de reformulação da correspondência entre aulas teóricas e trabalhos práticos em moldes novos; isto, afinal, porque as técnicas expositivas tendem, como dissemos, a articular-se, para maior eficiência, com a dos outros níveis, [...] (p. 195-196).

No comments: