Saturday, March 01, 2008

Actualidades I.60. Clareza e Redundância Positiva

Quando recorremos à eficiência deste sistema rápido de comunicação A → B, devemos, pois, assegurar-nos da existência de determinados factores: 1) o da clareza, isto é, que não desconhecemos o código dos nossos «receptores»; que temos em conta o seu quadro de referência e, portanto, as limitações deste; que a nossa linguagem não sofre de qualquer «especialistomania», tornando-a uma charada contínua para quem nos ouve; 2) o da relação hierárquica dos conhecimentos e das práticas: que leva a uma certa redundância positiva da exposição, a um abordar a mesma problemática por múltiplos viés. Acontece, com frequência, nas aulas de matemática, por exemplo, que o professor, em razão dos automatismos simbólicos que possui, desenvolve a sua exposição num ritmo tal que impede, quase por completo, que o estudante alcance esses mesmos automatismos. Daqui resulta, em boa parte, o «grande medo» ou o «grande desdém» pelas matemáticas. O medo e o desdém por alguma matéria ou disciplina, prévios ao contacto com elas tido, origina se, principalmente, em factores de ordem afectiva, mais do que na falta de aptidões especiais ou de condicionantes sócio-familiares. (p. 206-207).

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