Sunday, May 20, 2007

Actualidades II.12. Cursos Longos e Sem Distinção Interna de Graus.

… o regime dos cursos escalonados permite que se eleve, nos eventuais candidatos a alunos, a «esperança probabilística» de as suas possíveis tentativas para «tirarem um curso superior» não virem a saldar-se por um oneroso e frustrante insucesso global. (p. 114).

Na medida, portanto, em que o esquema dominante na organização dos … cursos não é esse, as Universidades portuguesas funcionam em termos que são provavelmente, também por esta via, mais desencorajadores da procura de educação universitária do que poderiam ser. … tal desencorajamento … se reflectirá basicamente sobre a procura potencialmente originária das camadas sociais médias e baixas … (p. 114).

Uma vez que damos a entender a nossa concordância com um esquema de articulação dos cursos universitários em graus sucessivos, convém acrescentar que não se trata, a nosso ver, de simplesmente dividir ao meio os cursos que já existem, solução que, provavelmente, seria tão completamente improfícua em Portugal, quanto o foi, por exemplo, na Jugoslávia, onde a legislação a adoptou em 1959. … O que parece necessário é introduzir um sistema realmente novo – análogo ao praticado, por exemplo, nos E. U. A. –, comportando cursos universitários de níveis diferentes, com significados culturais e profissionais diferentes também, e no qual o facto de se haver obtido um diploma universitário de 1.º nível, não sendo condição suficiente para se ingressar nos estudos conducentes ao grau mais adiantado, todavia, garante ao interessado a posse de uma qualificação, não só socialmente válida, como útil do ponto de vista ocupacional. (p. 114).

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