… o regime dos cursos escalonados permite que se eleve, nos eventuais candidatos a alunos, a «esperança probabilística» de as suas possíveis tentativas para «tirarem um curso superior» não virem a saldar-se por um oneroso e frustrante insucesso global. (p. 114).
Na medida, portanto, em que o esquema dominante na organização dos … cursos não é esse, as Universidades portuguesas funcionam em termos que são provavelmente, também por esta via, mais desencorajadores da procura de educação universitária do que poderiam ser. … tal desencorajamento … se reflectirá basicamente sobre a procura potencialmente originária das camadas sociais médias e baixas … (p. 114).
Uma vez que damos a entender a nossa concordância com um esquema de articulação dos cursos universitários em graus sucessivos, convém acrescentar que não se trata, a nosso ver, de simplesmente dividir ao meio os cursos que já existem, solução que, provavelmente, seria tão completamente improfícua em Portugal, quanto o foi, por exemplo, na Jugoslávia, onde a legislação a adoptou em 1959. … O que parece necessário é introduzir um sistema realmente novo – análogo ao praticado, por exemplo, nos E. U. A. –, comportando cursos universitários de níveis diferentes, com significados culturais e profissionais diferentes também, e no qual o facto de se haver obtido um diploma universitário de 1.º nível, não sendo condição suficiente para se ingressar nos estudos conducentes ao grau mais adiantado, todavia, garante ao interessado a posse de uma qualificação, não só socialmente válida, como útil do ponto de vista ocupacional. (p. 114).
Everything you wanted to know about higher education but were too bus(laz)y to search the Web
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment