… o essencial dos quadros conceituais, teleológicos e institucionais das estruturas universitárias foi estabelecido – e «cristalizou» - numa época em que as populações discentes eram exclusivamente masculinas. (p. 121).
… a população feminina que aflui às Universidades … tem de adaptar-se a uma estrutura que – no contexto da sociedade portuguesa – se pode considerar «sociologicamente masculina», uma vez que, na maior parte dos seus ramos com significado «profissional» claramente definido, opera como via de acesso a posições e funções onde, no nosso país, as mulheres não são facilmente integradas e perante as quais se retraem. (p. 122).
… entender como extremamente significante a circunstância de as escolhas femininas privilegiarem … os ramos de Letras e Ciências, que são exactamente os mais indeterminados sob o ponto de vista profissional. (p. 123).
… a canalização para [cert]as Faculdades … da parte mais substancial do vigoroso afluxo feminil às Universidades, veio ocasionar … um aparente desvio – ou desvirtuamento – das suas finalidades primordiais. (p. 123).
Criadas para cultivar determinados ramos do conhecimento e da pesquisa e para formar especialistas e investigadores nesses domínios, as Faculdades … assistiram … à submersão dessas finalidades por outras. Na prática, «preparam » principalmente, ao que parece, professores do ensino secundário … Não podem, assim, cumprir adequadamente … , nem a missão que originalmente lhes foi atribuída, nem as que depois se lhes impuseram. (p. 123 – 124).
… o sistema se revelou, até agora, incapaz de oferecer novas e diferentes opções, ou, se preferirmos, novas e diferentes linhas de orientação que, derivando do sistema educacional, conduzam a uma integração eficaz na estrutura ocupacional da sociedade. (p. 124).
Everything you wanted to know about higher education but were too bus(laz)y to search the Web
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