O Quadro I revela que se verifica ainda para Portugal a tendência tradicionalista de haver menor atracção por parte dos alunos para o chamado ensino «científico e técnico», onde houve um «deficit» em relação às necessidades mínimas previstas pelo Projecto Regional do Mediterrâneo, enquanto para o «outro» ensino se observou um «superavit» de 3 487 alunos inscritos.
... a evolução das inscrições nos dois ramos tem-se verificado entre nós da forma que indica o Quadro V. Da sua observação conclui-se que, no período que medeia entre 1950/51 e 1964/65, o número de alunos do ensino superior praticamente duplicou, tendo o ensino «científico e técnico» crescido de 52 % e o «outro» de 169 %, exactamente ao contrário do que seria para desejar. Em termos de crescimento, como é evidente. Nada há a opor, dentro dos limites em que se verificou, ao aumento do número de alunos do ensino não «científico e técnico». O que se anota com preocupação é que os alunos do ensino «científico e técnico» não tenham aumentado em muito maior número.
Está bem de ver que, se continuarmos a deixar a solução deste problema ao factor tempo, é natural que, a pouco e pouco, se verifique um ajustamento mais consentâneo com as necessidades do País. Mas é evidente que semelhante atitude nos vai trazer fortes distorções do mercado, além de perdas de recursos humanos e materiais que não me parece sermos suficientemente ricos para permitir. (p. 77 - 78).
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