A associação estatística determinada entre a ordenação dum grupo de países segundo o seu rendimento per capita e a ordenação do mesmo grupo segundo diversos indicadores relativos a recursos humanos, merece alguns comentários.
O indicador aparentemente mais significativo (designado por A.III-1) não traduz, em primeira aproximação, disparidades de níveis de instrução, mas sim de estruturas ocupacionais de mão-de-obra. Com efeito, os grandes grupos profissionais considerados – profissões liberais e técnicas e directores e quadros administrativos superiores – podem ser preenchidos por indivíduos dotados de níveis de instrução muito diversos; por outro lado, a importância relativa daqueles grupos depende, entre outros factores, do peso relativo dos diferentes sectores de actividade económica, nomeadamente a importância assumida pela indústria na estrutura económica. Verifica-se ainda que a disparidade entre número médio de anos de estudo da mão-de-obra total e da mão-de-obra de alto nível, segundo níveis de desenvolvimento económico, é maior no primeiro caso. Dito de outra forma: parece ser comparativamente mais desfavorável a situação dos países pobres no que se refere à instrução média da mão-de-obra total do que quanto à instrução média de mão-de-obra desempenhando funções de alto nível. Em todo o caso, os aspectos qualitativos da formação da mão-de-obra são aqui decisivos e atenuam o significado daquelas conclusões. (p. 83).
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