Embora os Estudos gerais concedessem diplomas que habilitavam a uma profissão liberal remunerada, todos os seus graduados haviam seguido um ensino de saberes liberais, pelo que se haviam formado.
Pelas artes liberais se comunicou à Europa uma tradição de estudo e uma disciplina mental.
Estas artes eram «liberais» porque ensinavam o homem a exercer o seu papel de criatura «livre»; eram uma arte de falar correctamente e de convencer pela palavra e ainda uma arte de bem-raciocinar. Por elas se desenvolveu um verdadeiro «apostolado da inteligência» que permitiu o desenvolvimento e a divulgação de literaturas em vernáculos, principalmente a arte poética (de que os cancioneiros que chegaram até nós são impressionantes antologias) e as descrições das andanças heróicas dos cavaleiros das Cruzadas (de que crónicas e novelas são crestomatias sensacionais).
Sem qualquer sombra de dúvida podemos afirmar que o êxito que poetas e cronistas tiveram, em ambientes palacianos ou junto do próprio povo, decorreu do prestígio adquirido, nas cortes principescas ou em contacto com o comum das gentes, por todos aqueles que, por via dos saberes liberais, se haviam imposto pela inteligência. (p. 39).
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Friday, December 28, 2007
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