Os mestrados podem ter entre três e quatro semestres, isto é, 3,1; 3,2; 3,3 …, mas os de quatro semestres parecem levar uma grande vantagem sobre todos os outros. Há alguma dificuldade em programar serviço docente para o semestre que sobra de um ano lectivo e meio.
Quanto ao espaço europeu, no caso dos mestrados, isso agora não interessa nada. O internacionalmente é que conta e dá jeito para, excepcionalmente, poderem ter dois semestres.
O mestrado integrado é uma verdadeira «lança em África». Como é que ainda ninguém se tinha lembrado duma coisa destas antes? Vai-se a uma universidade em qualquer parte da União Europeia ou do mundo, dá-se um ponta pé e aparece logo um mestrado integrado. Principalmente nos países da Europa Central. Lá por a sua adesão à EU ser recente e as fronteiras pouco mais, isso não quer dizer que não tenham uma prática estável e consolidada.
Porque será que no integrado se é licenciado com três anos e já não se pode ser com quatro, ou mesmo três e meio?
Num mestrado integrado não se pode ser licenciado em Engenharia Militar e mestrado em Engenharia Militar. Se a denominação do mestrado for essa, então a licenciatura terá que ser, por exemplo, em Engenharia Ratilim. Confusões é que não. Já chegam.
Qual será a diferença entre o 3 + 2 e o integrado? Será que no primeiro caso o Orçamento paga três anos e no outro paga cinco?
Isto é a fina flor da legislação Europeia sobre educação. Para o seu brilhante articulado contribuiu um número de cientistas superior ao que subscreveu o Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC). O seu recrutamento foi feito nas listas telefónicas das universidades e centros de investigação da Europa e resto do mundo. Um trabalho de mentes brilhantes. Nem foi preciso estudarem para saberem legislar desta maneira. Já nasceram assim.