Progressivamente, com o Serviço Cívico (Decretos-Lei 270/75 de 30 de Maio e 363/75 de 11 de Julho), o Ano Propedêutico (1977) e o 12.º ano (1980), o acesso ao ensino superior, em Portugal, passou a fazer-se, tal como nos EUA, após 12 anos de escolaridade. Enquanto estas modificações se verificavam, durante 36 anos, os cursos de engenharia mantiveram a duração de cinco anos. Isto é, 26 anos depois da entrada em funcionamento do 12.º ano, para completar uma licenciatura em engenharia continuava a demorar mais um ano, do que nos EUA, para obter um grau considerado equivalente.
Estas foram as condições em que leccionei em cursos de engenharia. O próprio sistema obrigava os alunos a levarem cinco anos para «fazerem» a mesma «coisa» que os seus congéneres Americanos «faziam» em quatro. A realidade era até outra. Aparentemente, em Portugal, os alunos levavam, em média, seis anos para concluir uma licenciatura em engenharia e nos EUA quatro anos e meio. Os valores teóricos de cinco e quatro anos correspondem a um decréscimo de produtividade, endógena ao sistema, de vinte por cento. Valor suficientemente mau para nem valer a pena considerar que para os valores reais de seis e quatro anos e meio o decréscimo de produtividade do sistema é de 25 por cento.
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