É este tipo de realidades que explica, para além de qualquer dúvida, porque é que Portugal é um país mais pobre e atrasado. Não é, nem nunca foi, por acaso. Tudo, no entanto, me levava a aceitar esta situação, com alguma naturalidade, ainda que com igual dose de inconformismo. As escolas em Portugal são aquilo que são, os alunos têm as condições que têm, as coisas acontecem a outro ritmo, a produtividade, em geral, é mais baixa. Em condições normais, é difícil não levar mais tempo para fazer qualquer coisa em Portugal do que nos EUA. Um curso de engenharia não seria, por certo a excepção.
A persistência de tal situação ao longo de mais de vinte anos começou a causar-me algum desconforto. Apesar de todas as dificuldades e deficiências do sistema, havia que romper com a sujeição a um esquema que à partida nos punha em desvantagem. Isto, apesar de, desde a criação de novas universidades, instituto universitário, institutos politécnicos e escolas normais superiores (Decreto-Lei n.º 402/73 de 11 de Agosto), o espectro dos cursos superiores ter começado a alargar-se, o grau de mestrado ter sido introduzido em 1979 (Decreto-Lei n.º 525/79 de 31 de Dezembro, depois revogado pelo Decreto-Lei n.º 263/80 de 7 de Agosto) e o regime de créditos, em 1980 (Decreto-Lei n.º 173/80 de 29 de Maio). Cada vez me parecia mais urgente reduzir a duração dos cursos de engenharia de cinco para quatro anos. O ganho em produtividade era irrefutável.
Everything you wanted to know about higher education but were too bus(laz)y to search the Web
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