Tuesday, July 17, 2007

Q15. Política de Empregadagem: Comer à Mesa do Orçamento

Rodrigo da Fonseca Magalhães, Ministro do Reino entre 15 de Julho e 18 de Novembro de 1835: [Referindo-se aos adversários políticos]

Postos todos a comer à mesa depressa passariam de convivas satisfeitos a amigos dedicados

… a sociedade liberal portuguesa sempre se esforçou por conciliar a tradição e a modernidade.

Exemplo disso foi a política de concessão [venda?] de títulos [nobiliários] para elevar a alta burguesia às dignidades nobres que se mantinham com poder na Câmara dos Pares. Esta política foi feita para garantir a fidelidade dos grandes ao novo regime. Gozava-se inclusive com a situação ficando conhecida a frase «Foge cão que te fazem barão! – Para onde se me fazem visconde?»

Nobres aburguesados e burgueses nobilitados constituíam pois a nova aristocracia liberal da sociedade portuguesa oitocentista e exemplo disso era o conde de Burnay que foi o grande capitalista da Regeneração. Ao poder económico somavam o prestígio social, que a carreira política consolidava. Era a elite dirigente da sociedade portuguesa.


Revisões de História

A frase «Foge cão que te fazem barão! – Para onde se me fazem visconde?» [ou conde?] é atribuída a Almeida Garrett, cujo retrato «oficial» é muito conhecido: cabelo ondulado, barba oval e estreita que mal cobre o rosto, e todo muito composto. É sabido que era vaidoso e passava horas a arranjar-se, tantas as pequenas almofadas que distribuía pelo corpo para ficar mais elegante. Em 25 de Junho de 1851 é agraciado com o título de visconde, em duas vidas.