Catão, escrevendo a seu filho, definia assim o perfeito orador político «Um homem de bem que sabe falar.» Ora quando se não possa ser inteiramente o ideal de Catão, ignore-se como se fala, mas saiba-se como se é homem de bem.
Ter, como alguns ou quase todos os senhores deputados, uma opinião na Câmara e uma opinião diferente nos corredores de S. Bento, ter ainda além disso uma opinião para o Chiado e outra para a cova em que se reúne o partido – isto não é digno nem honesto. Ter sobre um princípio vital de governação ou de política uma opinião firme, convicta, inabalável, é possuir, ao mesmo tempo e por esse simples facto, a força com que essa opinião se defende e se mantém. Não ter opinião ou ter uma opinião oscilante e mutável é comprometer inteiramente os princípios pela falta da virtude.
Porque sem a virtude não poderá nunca existir a democracia.
As Farpas. ed. de 1943. t. IV, p. 119–132.
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Tuesday, June 05, 2007
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